Bluuu.. ;D~

Tuesday, December 26, 2006

Diálogo

Seguem agora alguns diálogos dialogados entre eu e meus amigos Dayen e Julio:


Diálogo 1: No sítio do Julio, logo após acordar, tomando o café da manhã (empadas chilenas e cerveja)

Dayen: Que beleza, dez horas da manhã e eu já estou puto...
Julio: Hum, pena que estar puto não é o mesmo que ser puto, sendo puto você ganha dinheiro, estando puto você fica puto de graça.
Dayen: Verdade...

Diálogo 2: (Café com Creme)

Dayen: Você tem dinheiro?
Pedro: Só no mundo das idéias..
Dayen: Então me paga um café?
Pedro: Sim...

Diálogo 3:

Julio: Cara, sabe de uma coisa?
Pedro: Sei não...
Julio: ...

Diálogo 4: (Discussão sobre Chaves, Chapolin, Dostoiévski e Brecht)

Pedro: Acho que pode ser considerado uma experiência estética sim, porque parte do princípio de entender o que o seriado quer dizer através da forma, e obviamente existe uma influência Brechtiana em tudo isso...
Julio: Discordo, não pode ser considerado Brechtiano com tanto conteúdo emocional assim...
Pedro: Tá, mas o conteúdo emocional só está ali para representar de forma didática o distanciamento social das personagens.
Julio: Ah sim, você tem razão! Como no episódio em que Chaves não é convidado pra festa do kiko, mas vai assim mesmo, e pega um monte de sanduíche e enfia no saco de papel, primeiro o Dona Florinda fica brava, mas aprende que se deve compartilhar, então Chaves sai e compartilha seus sanduíches escondido com Seu Madruga, que passava fome na escada da vila...
Pedro: Exatamente, essa foi uma das experiências estéticas mais importantes. A dinâmica da sociedade..
Julio: Sim... dinâmica da sociedade...


Pedro

12 Comments:

  • At 26.12.06, Anonymous Anonymous said…

    Aí Luana, você queria entender um pouco do meu tipo de humor...

     
  • At 27.12.06, Anonymous Anonymous said…

    meeeeeeeeeeeeeeeu deus.
    preiso ler isso COM CALMA e tirar quatro dias para refletir.
    Estou começando a achar que sou uma analfabeta funcional.
    Oo

    *medo*

     
  • At 27.12.06, Anonymous Anonymous said…

    Quanta pseudo-intelectualidade, quanta viagem em brecht. Brecht então influenciaria novelas das oito também?? Ora....
    Agora me explica o que o Dostoiévski tem com isso.

     
  • At 28.12.06, Anonymous Anonymous said…

    o.O
    acho que eu boiaria nessa conversa.
    num sei quem é Brecht.

     
  • At 28.12.06, Anonymous Anonymous said…

    Anonimo, sinceramente não sei, nunca assisti novelas das oito, por isso falei só de Chaves, mas não acho impossível, tirando o fato de que Chaves é tosco propositalmente, novelas não. Senão seia muito fácil chamar qualquer porcaria com um mínimo de mal gosto de Brechtiano. O fato é que a tosqueira de Chaves é de muito bom gosto e tem um propósito. Mas tudo depende do autor, nem sempre do produto, não é verdade?

    Dostoiévski foi em outra parte da discussão, eu ia escrever inteira mas não rolou...

    Continue comentando, gosto de ouvir suas críticas, são bem relevantes
    abraços...

     
  • At 28.12.06, Anonymous Anonymous said…

    Ser tosco ou não discutindo a influência de Brecht em aspectos sociais é irrelevante. De certa maneira, há sim uma certa - talvez não intencional - crítica à sociedade em termos econômicos, porém isso é extremamente comum em filmes, novelas, teatros. Não creio que todos os roteiristas que tenham alguma possível influência do alemão tenham conhecimento de suas obras...
    Chaves é tosco em termos, o seriado é voltado principalmente para o público infantil, e fez sucesso por explorar situações cômicas do cotidiano - e por esse fato eu digo que não há influência de Brecht, já que, pelo menos na minha infância, sempre havia uma criança de melhor situação financeira, e outra bem pior - temática que nenhum outro seriado usava, sendo assim único. Outra característica marcante é o carisma dos personagens, mas isso já não vem muito ao caso...
    Por outro lado, Chaves é muito mal feito em termos de produção, não sejamos tão exigentes com o México. Pra piorar, ele é de 71.
    Considero uma heresia enorme dizer que o seriado é tosco por opção.

    Resumindo: Chaves retrata o cotidiano de crianças normais. Quem teve a infância em meados do século XX sabe que sempre há um menino que é o dono da bola, estuda em colégios particulares e outros que não podem desfrutar de muito luxo. Não há mistério algum no seriado além do que se vê.

    Para ser franco você é o primeiro que tenho notícia de nunca ter assistido sequer um capítulo de novela das oito. Não é de meu interesse mas assisto às vezes pra tomar nota do que está acontecendo no cenário televisivo nacional. Em que país você vive? (Não que seu blefe tenha sido convincente)

    Brasileiro tem o mal hábito de falar muito sobre culturas que entende pouco.
    Dizer muito sobre nada para leigos (ou leigas?) pode impressionar, mas pose não dura pra sempre, colhega.

     
  • At 29.12.06, Anonymous Anonymous said…

    Hum, interessante... Mas aí é que está, não acho que chaves tenha sido feito necessariamente para crianças, entende? Como Alice no País das Maravilhas, Sítio do Pica-Pau amarelo (desconsiderando a série da Globo).
    Seu Madruga usou uma mesma camisa durante quase um ano de gravações (aquela com uma mancha amarela que ficou em um episódio que envolvia tinta), tem certeza que não foi de próposito? Assim... quanto custa uma camisa preta? isso se o ator não tivesse uma em casa... ou vai dizer que Ramón Valdez também era pobre na vida real, a ponto de não poder comprar roupas, enfim, isso não é tão relevante assim...
    O fato de existir crítica social em Chaves não é o único ponto que o torna Brechtiano, como já disse, só postei um pedaço ínfimo da conversa.
    A verdade é que a gente nunca vai saber o que passava na cabeça de Bolaños, e apesar de ele mesmo já ter citado alguma coisa disso tudo que eu falei (inclusive Brecht), nunca vamos saber se serviu mesmo de influência nas suas criações.

    Outra coisa, quando eu digo assistir novela, eu digo assistir novela inteira, e com um espírito crítico, se a primeira já é difícil. E eu não quero saber do cenário televisivo nacional...

    E assim... calma cara, não é o fim do mundo, não precisa ser hostil com quem você acha ser menos inteligente que você. Está sendo até engraçado.

     
  • At 29.12.06, Anonymous Anonymous said…

    Não disse necessariamente, eu disse principalmente. Há uma grande diferença entre essas duas palavras.

    Nenhum personagem do seriado trocava de roupa, porém, Chaves e Seu Madruga vestiam trajes desgastados e antigos para demonstrar e intensificar a sua condição financeira. Seu Madruga era desempregado e devia quatorze meses de aluguel para o Senhor Barriga, sendo assim obviamente pobre.

    Quando eu digo "Chaves é muito mal feito em termos de produção", não me refiro ao vestuário, você sabe afinal o que é produção? Naturalmente não tinham o orçamento de um diretor de Hollywood, era apenas 1971 e nem mesmo se quisessem poderiam fazer algo nada mais que tosco, a tecnologia não era o ponto forte do México.

    Citar nomes pomposos e não ter conhecimento de suas teorias não faz alguém ser mais culto, muito pelo contrário, mas aos olhos de outros que têm menor conhecimento ainda, causa efeito inverso. Não precisava nem ter citado Dostoiévski, mas..

    Sei que você quis apenas me ofender dizendo que sou engraçado, mas ofender com argumentos convicentes é muito mais divertido do que ofender sem tê-los, não é mesmo jovem?
    Afinal, o fim do mundo é só isso?

     
  • At 30.12.06, Anonymous Anonymous said…

    Brecht não é nome pomposo, parece alguém escarrando...

     
  • At 30.12.06, Anonymous Anonymous said…

    Já entendi o que você quer...
    Hip Hip Hurra pra você também...

    (sem ofensas dessa vez)

     
  • At 30.12.06, Anonymous Anonymous said…

    Enfim consentiu.
    Seu penúltimo comentário tem influência de Paulo Coelho.

     
  • At 30.12.06, Anonymous Anonymous said…

    oua...

     

Post a Comment

<< Home